quarta-feira, 3 de julho de 2013

Fundamentalismo religioso pode ser tratado como doença mental, diz neurocientista


Pesquisadora da Universidade de Oxford diz que fundamentalismo poderá ser reconhecido como doença e tratado no futuro

por Tatiana de Mello Dias

Editora Globo
A pesquisadora fala em vídeo no YouTube (reprodução)
O fundamentalismo religioso poderá um dia ser tratado como doença mental - e curado. Quem diz isso é Kathleen Taylor, pesquisadora em neurociência da Universidade de Oxford. A afirmação foi feita na última quarta-feira, 19, em um festival literário no Reino Unido.

Quando foi questionada sobre o futuro da neurociência, Kathleen afirmou que “uma das surpresas pode ser ver pessoas com certas crenças como pessoas que podem ser tratadas”, descreveu o jornal Times of London.
“Alguém que se tornou, por exemplo, radical em relação a uma ideologia - podemos deixar de ver isso como uma escolha pessoal resultante do puro livre-arbítrio e podemos começar a tratar isso como algum tipo de distúrbio mental”, disse a pesquisadora. “De várias formas isso pode ser uma coisa muito positiva porque sem dúvida as crenças em nossas sociedade podem provocar muitos danos.”
A autora deixou claro que não estava se referindo apenas ao fundamentalismo islâmico, mas também a cranças como a de que espancar crianças é aceitável.
Kathleen é autora do livro Brainwashing: The Science of Thought Control (Lavagem cerebral: a ciência do controle de pensamentos, em tradução livre), em que explora a ciência por trás das táticas de persuação de grupos como a Al Qaeda. “Todos nós mudamos as nossas crenças. Todos nós persuadimos uns aos outros para fazer coisas; todos nós assistimos publicidade; somos todos educados e experimentamos religiões; a lavagem cerebral é o extremo disso; é coercitiva, forte, um tipo de tortura psíquica”, disse ela em um vídeo no YouTube. A pesquisadora também é uma das que se preocupam com a ética de se aprofundar muito no cérebro humano, como as tecnologias que podem escanear ou manipular neurônios.http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI339436-17770,00-FUNDAMENTALISMO+RELIGIOSO+PODE+SER+TRATADO+COMO+DOENCA+MENTAL+DIZ+NEUROCIEN.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário